UHF : Há Rock No Cais (Reissue)

Rock / Portugal
(2006 - Am Ra Discos / Farol Música)
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Lyrics

DISC 1

1. MAS SÓ GOSTO DE TI

Chegaste com a luz
que traz a primavera,
Silhueta que seduz
quando nada se espera.

Entraste no abrigo
onde a vida me guarda,
Um beijo e um sorriso
tocaste a minha alma.

Mas só gosto de ti
haja o que houver,
Será sempre assim
venha quem vier.

Tomaste conta de mim
e do meu coração,
Mulher que um dia vi
perdida de paixão.

Sei que por ti esperei
mil anos de vidas,
Amor que encontrei
nada é impossível.

Mas só gosto de ti
haja o que houver,
Será sempre assim
venha quem vier.
Yeah, yeah, yeah.


2. MATAS-ME COM O TEU OLHAR

Noites frias de marfim
noites frias ao luar,
A conversa já no fim
matas-me com o teu olhar.

Matas-me com o teu olhar
Matas-me com o teu olhar.

Sabes que esta vida corre
como a sombra pelo chão,
Nada fica, tudo foge
ouve a voz do coração.

Matas-me com o teu olhar
Matas-me com o teu olhar.

São como cubos de gelo
que eu sinto ao tocar,
As palavras têm medo
matas-me com o teu olhar.

Matas-me com o teu olhar
Matas-me com o teu olhar,
Com o teu olhar.


3. FOI POR ISTO QUE PASSEI

Estilhaços saíam de mim
cortavam ao passar,
Eu mostrava por fim
toda a raiva calada.

Foi por isto que passei
negando a saudade,
E negando o desejo
enganava a felicidade.

Sem pudor, descontrolada
foi por isto que passei,
A fingir que não amava
este amor que encontrei.

O tempo tomando conta
sem parar, mordia os ossos,
Deixando a dor à solta
a matar os meus sonhos.

Só hoje reencontrei
a paz nos meus braços,
Os seus lábios beijei
a cabeça no meu regaço.

Sem pudor, descontrolada
foi por isto que passei,
A fingir que não amava
este amor que encontrei.

Foi por isto que passei
negando a saudade,
E negando o desejo
enganava a felicidade.

Sem pudor, descontrolada
foi por isto que passei,
A fingir que não amava
este amor que encontrei,
Que encontrei, que encontrei.


4. 100% VICIADO EM TI

Tenho os neurónios fracos
de pensar tanto em ti,
O coração em cacos
não queres saber de mim.

Estou viciado em ti, 100% viciado em ti
Estou viciado em ti, 100% viciado em ti.

Fazes de mim um trapo
porque gosto de ti,
Já estou a ficar farto
de andar atrás de ti.

Estou viciado em ti, 100% viciado em ti
Estou viciado em ti, 100% viciado em ti.

Estou a dar em maluco
não consigo suportar,
O amor é tão confuso
não dá para atinar.

Estou viciado em ti, 100% viciado em ti
Estou viciado em ti, 100% viciado em ti,
Estou viciado, estou viciado, estou viciado em ti.


5. ESTOU-ME NAS TINTAS (PRIMEIRO OS MEUS)

A lei da vida
pior que a selva,
Vive a mentira
faz uso dela.

Arma heróis
em cada lar,
Verdade atroz
de tão vulgar.

Estou-me nas tintas
primeiro os meus,
Agarro a vida
que Deus me deu.

"Dá cá o meu"
tudo a gritar,
"Faz como eu
é só sacar."

Dizem à volta
foi sempre assim,
"É esta a escola
faz como eu fiz."

Estou-me nas tintas
primeiro os meus,
Agarro a vida
que Deus me deu.


6. APETECE NAMORAR CONTIGO EM LISBOA

Manhã de Sol a brilhar sobre o mar da Palha
a neblina a roçar o espelho das águas,
Pego-te na mão, corremos pela baixa
pombos a esvoaçar à nossa passagem.

Subimos ao Castelo por ruelas estreitas
roupa nas janelas como bandeiras,
Vamos pelo Rossio conhecer o Chiado
a Bertrand e a Bénard, o Pessoa sentado.

Apetece namorar contigo em Lisboa
Apetece namorar contigo Lisboa.

Almoçar numa tasca entre livros e trapos
pataniscas e vinho no Bairro Alto,
Os teatros e os bares, os poetas escondidos
pintores de retratos, estudantes e mendigos.

Apetece namorar contigo em Lisboa
Apetece namorar contigo Lisboa.

Agostinho à solta, velho marginal
sentado à sombra no Príncipe Real,
De eléctrico passamos o jardim da estrela
descendo São Bento até Alcântara.

Apetece namorar contigo em Lisboa
Apetece namorar contigo Lisboa.

O fado é a história que namora Lisboa
nos teus braços eu fico, musa encantadora,
Apetece namorar contigo em Lisboa
Apetece namorar contigo Lisboa.


7. HÁ ROCK NO CAIS

Parto sem partir
chego sem chegar,
Fujo sem fugir
espero aqui no cais.

Vivo num hotel
a casa ficou nas cinzas,
Conheço o meu papel
despojado, aceito a vida.

Há rock no cais
e a nação de pé,
Pede mais de mais
partir com a maré.

Eu e uma guitarra
nós e uma canção,
Juntos pela estrada
quente é o verão.

Tudo o que tenho
é tudo o que sou,
Negros olhos que amo
Musa que em mim entrou.

Há rock no cais
e a nação de pé,
Pede mais de mais
partir com a maré.

Se parto sem partir
se chego sem voltar,
Canto p'ra sentir
os teus olhos a olhar.

Há rock no cais
e a nação de pé,
Pede mais de mais
partir com a maré.


8. CALOIRA BONITA

Bonita, és bonita
e entraste na minha vida,
Quem és tu, flor do desejo
vinda do céu figura de anjo.

Caloira vem passar
uma noite de folia,
Pelos bares celebrar
vamos ver nascer o dia,
Caloira bonita, caloira bonita.

Quando te vi, aparecer
tudo parou e eu fiquei a tremer,
Ah, não aguento, mais uma hora
o prof fala e eu quero ir-me embora.

Caloira vem passar
uma noite de folia,
Pelos bares celebrar
vamos ver nascer o dia,
Caloira bonita, caloira bonita.


9. NO FIO DOS ANOS (SEMPRE A CORRER)

Algo que aconteça
de tragicamente grande,
Por que valha a pena
deixar correr o sangue.

Algum desígnio épico
enorme e emotivo,
A rasgar o céu aberto
a queimar no Sol a pino.

Tanto fizemos
de puro prazer,
No fio dos anos
sempre a correr.

Assim uma tempestade
que cresce no horizonte,
Negro mar imenso
tocado pelo vento forte.

Que faço eu aqui
se não mudar o mundo,
O mal tem raiz
e a cura tem um rumo.

Tanto fizemos
de puro prazer,
No fio dos anos
sempre a correr.

E sempre a correr
passámos pelos dias,
Procurando viver
o que a vida nos destina.

Tanto fizemos
de puro prazer,
No fio dos anos
sempre a correr.


10. SOLDADINHOS DE BRINCAR

Hirtos, brilham na parada
a missão está no olhar,
O aprumo da fachada
soldadinhos de brincar.

Sob as ordens de um governo
marionetas vão lutar,
Assumir o juramento
soldadinhos de brincar.

Soldadinho onde vais
quem te disse p'ra matar,
Terão sido os generais
soldadinhos de brincar.

Uma guerra é preciso
se a indústria está em baixo,
A economia no abismo
e o petróleo mais barato.

P'la falácia da justiça
se inventa uma razão,
Que disfarça a cobiça
mas invade uma nação.

Soldadinho onde vais
quem te disse p'ra matar,
Terão sido os generais
soldadinhos de brincar.


11. JURO QUE TENTEI

Cuido de ti à distância
sem moldar a vontade,
Diz o homem à criança
que o amor é liberdade.

Talvez um dia saibam
que andei por aqui,
E as palavras cantadas
foram escritas para ti.

Juro que tentei
juro que percorri,
Mil caminhos, eu sei
à procura de ti.

És a flor que descobri
porta aberta do sonho,
Diz-me a voz que há em mim
que nascemos um p'ro outro.

Musa, tens o meu amor
céu azul no oceano,
Arco Íris do pintor
lá na serra do Santo.

Juro que tentei
juro que percorri,
Mil caminhos, eu sei
à procura de ti.

No jardim caem folhas
desenhando o outono,
Como palavras soltas
de um poema nosso.

Juro que tentei
juro que percorri,
Mil caminhos, eu sei
à procura de ti.


12. MATAS-ME COM O TEU OLHAR

(Same track 2)


DISC 2

1. MATAS-ME COM O TEU OLHAR (Live)

(Same track 2, disc 1)


2. APETECE NAMORAR CONTIGO EM LISBOA

(Same track 6, disc 1)


3. BARCOS AO MAR

Barcos, à descoberta
levam os homens p'ra nova terra,
Barcos, a navegar
a outro mundo hão-de chegar.

Seguem as estrelas, barcos ao mar
Vão de partida, hão-de voltar,
Seguem as estrelas, barcos ao mar
vão de partida, hão-de voltar,
Barcos ao mar.

Barcos, de homens calados
seguem a esperança, olhos molhados,
Barcos, barcos ao mar
por este porto, hão-de voltar.

Seguem as estrelas, barcos ao mar
Vão de partida, hão-de voltar,
Seguem as estrelas, barcos ao mar
vão de partida, hão-de voltar,
Barcos ao mar.


4. JURO QUE TENTEI

Cuido de ti à distância
sem moldar a vontade,
Diz o homem à criança
que o amor é liberdade.

Talvez um dia saibam
que andei por aqui,
E as palavras cantadas
foram escritas para ti.

Juro que tentei
juro que percorri,
Mil caminhos, eu sei
à procura de ti.

És a flor que descobri
porta aberta do sonho,
Diz-me a voz que há em mim
que nascemos um p'ro outro.

Musa, tens o meu amor
céu azul no oceano,
Arco Íris do pintor
lá na serra do Santo.

Juro que tentei
juro que percorri,
Mil caminhos, eu sei
à procura de ti.

No jardim caem folhas
desenhando o outono,
Como palavras soltas
de um poema nosso.

Mesmo que eu queira, que eu possa, que eu saiba
refugiar-me na terra dos deuses,
há sempre um momento de fraqueza.

Subo o som pela casa, procuro tarefas
usando o manto da disciplina,
Guardo o teu encanto, bem longe no oceano
esqueço o fogo brando do coração,
que me avisa, se o escuto, "fica bem".

E então, sim, eu fico bem
oiço a voz que vem de dentro, sossego,
Espero, Mestre, espero que o tempo se apresse
e tu chegues:
Será que ainda me conheces
Será que sabes que morro por ti
Que a paisagem se apaga
Que a vozearia se cala
Que nada me entusiasma sem ti a meu lado
Será que sabes que eu não sei matar as saudades?

Juro que tentei
juro que percorri,
Mil caminhos, eu sei
à procura de ti.


5. DEPUTADO DA NAÇÃO

De-de, pu-ta
do-da, nação.

Veio do norte a penantes
Xico esperto vai andar,
Com Mercedes e amantes
e um T2 no Lumiar.

Perversa democracia
com votos a minguar,
Chamam-lhe maioria
se por um voto ganhar.

De-de, pu-ta
do-da, nação.

Perversa democracia
divide o mundo em dois,
Ali, a classe política
e aqui vacas e bois.

Asco, metes-mo asco
deputado da nação,
Rapa, rapa o fundo ao tacho
para o povo és calão.

De-de, pu-ta
do-da, nação.


6. MAS SÓ GOSTO DE TI

(Video)


7. MATAS-ME COM O TEU OLHAR

(Video)


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