António Manuel Ribeiro : Sierra Maestra

Rock / Portugal
(2000 - Road Records)
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1. SIERRA MAESTRA

Poderia ter sido
guerrilheiro,
De arma aperrada
o dia inteiro.

Tirar dos ricos
o que falta aos pobres,
Um sonho antigo
que nasce jovem.

Sierra Maestra
no meu coração,
Poema ou arma
seguros na minha mão.

Guerrilheiro convicto
tem pronta a arma,
Poema maldito
golpe de espada.

Assim eu escrevo
assim conspiro,
Por tudo o que vejo
e que mexe comigo.

Sierra Maestra
no meu coração,
Poema ou arma
seguros na minha mão.

Sierra Maestra
que me amarras,
Mãe de poetas
de palavra emboscada.

Sierra Maestra
no meu coração,
Poema ou arma
seguros na minha mão.


2. OLHA PARA MIM (MEU AMOR SECRETO)

Lábios quentes de fogo
vermelho de sonhar,
Paixão em que me solto
secreta, por consumar.

Uma foto no tempo
mágico o teu olhar,
O enigma do desejo
que me segue sem parar.

Olha para mim
meu amor secreto,
Olha para mim
Ah, com eu te quero,
meu amor secreto.

Ao longe e distante
sigo-te pelos dias,
No teu riso cintilante
o resto da minha vida.

Olha para mim
meu amor secreto,
Olha para mim
Ah, com eu te quero,
meu amor secreto.

E se ando à procura
desse amor sincero,
É por ti que procuro
meu amor secreto,
meu amor secreto.

Olha, olha para mim
meu amor, meu amor secreto
Olha, olha, olha para mim
meu amor, olha, olha...


3. BEIJA-ME NA RUA

Tem Sol, tem moon
solidão no perfume,
Tem tempo calado
silêncio a seu lado,
Um homem assim, chama por ti.

Beija-me na rua
sem uma palavra,
Toca-me na rua
sê minha namorada - beija-me na rua
minha namorada - beija-me na rua.

Tem ganas de explodir
e medo de alcançar,
Sem forças p'ra fugir
quer acreditar,
Um homem assim, chama por ti.

Beija-me na rua
sem uma palavra,
Toca-me na rua
sê minha namorada - beija-me na rua
minha namorada - beija-me na rua.


4. HÁ SEMPRE UMA HISTÓRIA

Há sempre uma história
que fica por contar,
Perdida na memória
respirando este ar.

Há sempre uma hora
que nos vai marcar,
Um segredo que devora
e o silêncio a queimar.

A voz que eu oiço dentro de mim
É a voz que tu ouves dentro de ti.

Há sempre uma história
que nos faz pensar,
Mágoas que demoram
uma vida a apagar.

Há sempre uma sombra
por aqui a passar,
Um vulto que sobra
impossível de afastar.

A voz que eu oiço dentro de mim
É a voz que tu ouves dentro de ti.

Há sempre uma história
Há sempre uma história
Que fica de ti.


5. SE A NOITE FICASSE À PORTA

Se eu pudesse escrevia
cada dia uma canção,
Se eu pudesse eu tinha
o jogo todo na mão.

Se eu pudesse jogava
as cartas na mesa,
Se eu pudesse ganhava
e partia depressa.

Canções de amor e de protesto
Velhas canções que eu escrevo.

Se eu pudesse esquecia
cada par enamorado,
Se eu pudesse fingia
que não estou magoado.

Se eu pudesse calava
esta mágoa à solta,
Se eu pudesse deixava
a noite à porta.

Canções de amor e de protesto
Velhas canções que eu escrevo,
Canções de amor e de protesto
Velhas canções que eu escrevo.


6. AI AI AI (EU QUERO PARTIR)

Eu quero partir
longa, longa viagem,
Muito na memória
e pouco na bagagem.

Bagagem e medo
prendem-me neste cais,
Caminhos internos
histórias velhas de mais,
quase sempre de mais.

Ai ai ai, eu quero partir
Ai ai ai, eu quero partir.

Um filme veloz
que me trespassa,
A dança ao Sol
quente na vidraça.

Horas só p'ra mim
ensaiando a festa,
Amigos que eu quis
nesta casa deserta,
tantas vezes deserta.

Ai ai ai, eu quero partir
Ai ai ai, eu quero partir
Ai ai ai, eu quero partir.


7. SER ETERNO (PORQUE FOGES)

Eu oiço, tu ouves
o vento a murmurar,
Histórias antigas
para nos acordar.

Andamos esquecidos
de quem já fomos,
Colhendo amigos
recados nos sonhos.

Porque foges ser eterno
És a força do universo.

O medo que guardas
como se fosse ouro,
Deixa que o ego
faça o seu jogo.

Fugindo na pressa
que o tempo se esgote,
Somamos tarefas
andamos o trote.

Porque foges ser eterno
És a força do universo.

Eu oiço, tu ouves
o vento a murmurar,
Histórias antigas
para decifrar.

Porque foges ser eterno
És a força do universo,
Porque foges ser eterno
És a força do universo.


8. PORQUE SERÁ QUE AMO

Talvez fosse um anjo
em corpo de mulher,
Tudo o que desejo
e que o sonho quer.

Uma história antiga
de que vou falar,
O ouro da vida
que não soube guardar.

Porque será que amo
Quem está longe
Quem de mim quer e foge.

Porque dizes agora
que não me esqueceste,
Lembrando histórias
dias como este.

Uma tarde na praia
e o Sol a partir,
Flor de brisa molhada
pára de sorrir.

Porque será que amo
Quem está longe
Quem de mim quer e foge.

Falavas de Isadora Duncan
de poemas e poetas,
A vida era imensa
e o céu estava à espera.

Porque será que amo
Quem está longe
Quem de mim quer e foge.


9. PODIA SER NATAL

Podia haver uma luz em cada mesa
e uma família em cada casa,
Jesus em dezembro, aqui na Terra
podia ser Natal e não ser farsa.

A história certa é Natal de porta aberta
A ceia servida é a vida do Criador.

Podia ser notícia, o fim da amargura
que divide os homens por trás dos canhões,
A fome e a miséria servem a loucura
que forja profetas e divide as nações.

A história certa é Natal de porta aberta
A ceia servida é a vida do Criador.

Podia ser verdade o tom e o discurso
desse velho actor falando aos fiéis,
Mas nada se passa na noite do mundo
máscaras de dor, pequenos papéis.

A história certa é Natal de porta aberta
A ceia servida é a vida do Criador,
A história certa, Natal de porta aberta
Podia ser Natal...


10. AO SOL A BRILHAR

Há uma luz em cada rosto
e um rosto em cada olhar,
Os meus olhos no Sol posto
que o Sol há-de voltar.

Não há sombras nem há noite
só o tempo a passar,
Um fogo no horizonte
outro dia a começar.

Uma dor em cada homem
que o corpo já não sente,
Essa dor e essa fome
no passado e do presente.

Anda o homem quase cego
porque não sabe ver,
A verdade é um desejo
que nos ajuda a crescer.

Há um tempo de espera
e um tempo de lembrar,
Uma espada celta
ao Sol, a brilhar.

Assim longe, assim perto
o princípio do amor,
A força do universo
é a lei do criador.

Viajando pelos séculos
pelo tempo sem idade,
Passageiros discretos
alquimia da humanidade.

Há um tempo de espera
e um tempo de lembrar,
Uma espada celta
ao Sol, a brilhar.

Há uma luz em cada rosto
e um rosto em cada olhar,
Os meus olhos no Sol posto
que o Sol há-de voltar.

Não há sombras nem há noite
só o tempo a passar,
Um fogo no horizonte
outro dia a começar.

Assim longe, assim perto
o princípio do amor,
A força do universo
é a lei do criador.

Viajando pelos séculos
pelo tempo sem idade,
Passageiros discretos
alquimia da humanidade.

Há um tempo de espera
e um tempo de lembrar,
Uma espada celta
ao Sol, a brilhar.


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